Um país a sério

O Presidente da Chechénia, Ramzan Kadirov, considerou hoje que a poligamia é necessária nesta república do Cáucaso do Norte e que a ausência de leis sobre a questão não é um obstáculo.

"As nossas tradições e a nossa religião admitem a poligamia", disse numa entrevista publicada hoje no jornal Rossiyskaya Gazeta.

Kadirov recordou que na república caucasiana há mais mulheres que homens e que se uma jovem ou divorciada leva uma vida desregrada pode ser morta por um irmão ou por um familiar, que matará também o seu amante.

"Mais vale ser uma segunda ou terceira esposa do que ser assassinada", afirmou.

"Estou convencido de que necessitamos hoje da poligamia. Não existe uma lei a esse respeito, mas digo a toda a gente: quem quer e possa fazê-lo, que tome uma segunda esposa", acrescentou Kadirov.

" pergunta sobre se é possível legalizar a poligamia na Rússia, Kadirov respondeu: "Simplesmente proponho que as pessoas actuem dessa maneira. Quanto às normas, a prostituição também não está legalizada, mas veja quantas mulheres se oferecem nas ruas de Moscovo".